A Sociedade dos Poetas Mortos
Dead Poets Society, 1989, direção
de Peter Weir,
com Robin Williams, Ethan Hawke, Robert Sean Leonard
com Robin Williams, Ethan Hawke, Robert Sean Leonard
Sinopse: Em 1959 na Welton Academy, uma
tradicional escola preparatória, um ex-aluno (Robin Williams) se torna o novo
professor de literatura, mas logo seus métodos de incentivar os alunos a
pensarem por si mesmos cria um choque com a ortodoxa direção do colégio,
principalmente quando ele fala aos seus alunos sobre a "Sociedade dos
Poetas Mortos".
(Fonte - http://www.adorocinema.com/filmes/filme-5280/)
"Fui à floresta porque queria
viver de verdade
Eu queria viver profundamente e tirar
toda a essência da vida
Fazer apodrecer tudo que não era vida
E não, quando eu morrer, descobrir
que não vivi."
"A Sociedade dos Poetas Mortos" suscita uma série de reflexões,
dentre as quais a questão da tradição e conformidade nas instituições
educacionais, a imposição de conhecimento de outros x a capacidade de pensar
por si e assim dar voz aos alunos, as relações estabelecidas entre professores,
alunos e demais autoridades da escola, como as relações familiares afetam
desempenhos e sentimentos da vida acadêmica e a questão dos castigos e
punições.
O filme se inicia com
a cerimônia de início de aulas tradicional da Welton Academy, em que são
entoados os quatro pilares da instituição: TRADIÇÃO, HONRA, DISCIPLINA,
EXCELÊNCIA.
A supervalorização da
tradição gera uma série de questionamentos. Por um lado, pode-se compreender
que o que é tradicional é fonte de segurança para aqueles que detém a
autoridade, é um terreno já conhecido, com resultados e intervenções
previsíveis. Mudar o sistema significaria entrar no campo do desconhecido, em
que se não possui meios "certos" de intervenção e de resultados
previsíveis. Esta insegurança pode explicar muito da repressão dos movimentos
de mudança. No entanto, mudar não é algo ruim, principalmente no meio
educacional. O mundo está em constante transformação, e é necessário que se permita
que o "sistema" se atualize, se transforme, se adapte, para não se
tornar obsoleto nem gerador de preconceitos e diferenças sociais.
Na
questão da tradição também entram as exigências pela excelência acadêmica. Os
resultados dos alunos refletem diretamente no nome da instituição. Fica bem
clara esta posição na fala do diretor da Welton, ao dizer que a escola
preparava seus alunos para as melhores universidades do país, a IVY League.
Podemos fazer um paralelo direto com a situação educacional brasileira (e no
geral). As escolas jogam os conteúdos para os alunos "decorarem" com
objetivo principal de fazê-los passar nos vestibulares, sem a preocupação de
fazê-los pensarem por si mesmos, e fazer a ligação dos conteúdos com o seu
cotidiano. O que vale é a aprovação nas provas. Para alcançar tais desempenhos,
as escolas, a família (percebido, no filme, na relação de Neil com seu pai) e a
sociedade em geral, fazem uma série de exigências e pressões que acabam por
gerar estresse, angústia e ansiedade, os quais acabam por sabotar os
desempenhos acadêmicos destes estudantes.
Os
quatro pilares da Welton Academy também refletem o perfil do que considera o
"bom aluno", que é aquele que tira boas notas, obedece sempre as
regras e comandos, mostra-se disciplinado (comportado) e passivo. É aquele que
se conforma aos moldes pré-estabelecidos e que transmite os valores
institucionais.
O
conformismo é uma das questões que o Sr. Keating trabalha com seus alunos. Ele
quer que os seus alunos não sejam conformistas, que possam pensar por si mesmo,
e escolher seus próprios caminhos. "Duas estradas convergiram numa
floresta e eu peguei a menos andada. Isso fez uma grande diferença."
Pensando o conformismo, me remeto também ao fato de que nas escolas em geral, e
infelizmente ainda nas universidades, os alunos devem adquirir o conhecimento
que outros formaram, pensar como os "grandes
pensadores/pesquisadores/teóricos". O pensamento próprio, a descoberta
pelas próprias experiências é bastante negligenciado. Parece que se é esquecido
que a aprendizagem é um processo de mão dupla, professores e estudantes
usufruem do contexto educacional, para ganhar novas experiências. Mas parece
ser ideia corrente que o aluno não pode oferecer nada, que é uma tábua rasa, e
que deve ser preenchido de conhecimento pelo professor.
Um dos diálogos do
filme deixa bem evidente estas ideias:
"- Achei que
educássemos nossos alunos para que pensassem por conta própria. - Sr. Keating
- Nessa idade, impossível. - outro professor"
Acho
que um dos pontos mais marcantes do filme é o fato de que o Sr. Keating quer
dar voz aos seus alunos. Quer saber o que há dentro deles, sua poesia. E é esta
relação diferenciada, de interesse verdadeiro pelos alunos, que o diferencia
dos outros professores. Não é necessário que o professor seja autoritário, é
possível ter autoridade e respeito, sem se impor como superior, é possível
conduzir aulas produtivas estabelecendo um relacionamento de camaradagem, de
troca de experiências... Acho que esta é a principal lição para o sistema
educacional que o filme traz.
"Meu brado bárbaro ecoa acima dos
telhados do mundo" - Walt Whitman
"Carpe diem! Aproveite o
dia."
Muito bom!!!
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